sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Era clima de Natal.

Era clima de Natal, as pessoas já estavam na correria para arrumar a decoração e fazer a listinha de coisas necessárias para a véspera, e eu, como sempre, deixando mais uma vez tudo para a última hora.
Acontece que esse Natal não era igual a todos os outros, porque por mais que eu continuasse deixando tudo para última hora, por mais que eu nem ao menos soubesse a roupa que iria usar uma semana antes da data, uma coisa me fez ficar pensando por horas e mais horas.
O que me fez refletir sobre meus próprios pensamentos foi que pela primeira vez eu não estava doida para ganhar ou sequer tentar descobrir meus presentes. Parece algo bobo a ser pensado por horas, mas pra uma pessoa como eu que sempre amou essas datas comemorativas, pensar como seria e as surpresas que seriam feitas era um dos meus passa tempos preferidos de todos os anos. Ou pelo menos era, até esse.
Foi então que comecei a imaginar se pela primeira vez em tantos anos eu não me sentia completa o suficiente para acreditar que nada mais era necessário para eu ser feliz. E foi então que eu também entendi o real motivo da minha felicidade.
Esse ano eu te encontrei. E por mais clichê que pareça depositar nossa felicidade em alguém, eu queria fazer isso, e eu queria que fosse assim.
Pela primeira vez eu não me importei com a roupa que eu vestiria, com os presentes que eu precisava comprar e nem ao menos com a listinha com todos os itens que era preciso para preparar uma ceia farta e bonita. Pela primeira vez eu não me importei com nada além da felicidade que tomou conta de mim nessa época do ano. Pela primeira vez eu senti que tinha alguém do meu lado que mesmo longe fisicamente valia à pena lutar.
Era clima de Natal, e de fato era mesmo, mas só então que fui me tocar que o meu maior presente eu já havia ganhado muito antes.

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