quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Talvez a gente se encontre.

Talvez a gente se encontre por aí, num fim de noite qualquer, em um boteco de esquina onde cada um poderá contar sobre seus problemas e o que o aflinge. Ou talvez possamos passar horas em silêncio tomando porres e pensando sobre a vida.
Talvez a gente se encontre por aí, com sorrisos que trazem dentro de si todo um universo de frustrações e desejos mal resolvidos que insistem em transparecer quando estamos juntos.
Talvez a vida resolva colaborar e nos colocar cara a cara depois de tantos anos, com novos planos, novos pensamentos, novas versões e um eu melhorado. Mas pode ser que o inverso aconteça e que a gente se torne apenas meros desconhecidos que se conhecem muito bem.
Acontece que já faz um tempo que não tenho notícias. No início é sempre muito bom criar casos de ciúme e agir de forma que o outro saiba, mas as coisas mudam. Depois que toda essa maré ruim passa, só restam lembranças de momentos que na hora pareciam não ter fim.
E talvez a gente só se encontre por aí, passando pela rua, tomando café na mesma padaria, viajando para o mesmo lugar ou até em uma fila de entrevista de emprego, mas a gente se encontra. E se encontra porque tem que ser assim, porque nem todo mundo precisa ter um final triste ou abandonar quem ama. E se encontra porque ainda há muito o que aprender, muito o que contar, muito o que fazer.
Porque talvez a gente finalmente se encontre e entenda o motivo de não ter dado certo antes, e saiba de uma vez por todas que não importa quanto tempo demore, há pessoas que foram sim feitas uma para a outra, e nossa história precisava ser assim.

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