quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Ensaio sobre ela.

Ela não é o tipo de mulher que atrai os homens pelo padrão que a sociedade impõe, também não é daquelas que não faz o tipo de ninguém porque incrivelmente alguns se interessam por ela. Ela é a famosa meio tipo.

Ela não é totalmente caseira e não dispensa uma balada, mas em algumas sextas ou sábados as festas são trocadas por longas horas na frente do computador assistindo Netflix e tomando sorvete de morango.

Ela é diferente. Não diferente de todas as outras, mas um diferente que a torna única por apenas um motivo: ser ela mesma o tempo todo. O tempo todo enquanto prefere escutar músicas antigas do velho e bom Chico e não o som dos DJ’s que estouram por aí; o tempo todo quando troca seus vestidos de festa por uma camiseta que vai até embaixo dos joelhos mostrando que ela não é somente corpo; o tempo todo enquanto algumas preferem se desligar do mundo e ela faz o mesmo, mas sempre estando conectada consigo mesma.

Ela é dela. E não é somente dela nas horas que está em casa sozinha. Ela é dela em todos os momentos, desde quando fica pensando nos próximos textos que irá escrever até o horário que seu amor chega para fazer companhia. Ela é um poço de qualidade e defeito tão incalculável que isso faz com que ela seja dela, sem que ninguém consiga cavar tão afundo sua alma e chegue a conhecê-la por completo.

Ela chuta parede, bate no travesseiro quando está com raiva, corre pelos cantos da casa feito louca e vasculha até encontrar o que deseja. Tem mais fases que a Lua e se você não estiver disposto a pagar pra ver, aqui vai o meu maior e melhor conselho: corre enquanto é tempo.

Ela é tão ela e tão dela que é capaz de conseguir o que quer custe o que custar. E não tente aprisioná-la, uma vez que o faça você conhecerá a fúria de uma pessoa indomável. Mas ela vale à pena, viu? Eu mesmo tive a sorte de tê-la por perto. Mas eu deixei escapar minha chance, e me arrependo, como me arrependo..

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